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segunda-feira, 21 de abril de 2025

UMA ANÁLISE DA REALIDADE ATUAL( PARTE 6); EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Pode se sugerir algum roteiro ou receita que auxilie uma mudança comportamental desse tipo? Não basta crer na imortalidade da alma. Inadiável é a iluminação de cada um, a fim de que seja claridade sublime. Não basta, para o arrojado cometimento da redenção, o simples reconhecimento da sobrevivência da alma e do intercâmbio entre os dois mundos. Os levianos e os maus, os ignorantes e os estultos, podem corresponder-se igualmente a distância, de País a País. Antes de mais nada importa elevar o coração, romper as muralhas que encerram a criatura na sombra, esquecer as ilusões da posse, dilacerar os véus espessos da vaidade, abster-se do letal licor do personalismo aviltante, para que os clarões do monte refuljam no fundo dos vales, a fim de que o Sol eterno de Deus dissipe as transitórias trevas humanas. Exigível é a cabal demonstração de estar-se certos da Espiritualidade Divina. O Plano Superior não se interessa pela incorporação de devotos famintos de um paraíso beatifico. Admitiríeis, porventura, a própria permanência na Crosta Planetária, sem finalidades específicas? Se a erva tenra deve produzir consoante objetivos superiores, que dizer da magnífica inteligência do homem encarnado? Que não há que esperar da razão iluminada pela fé! Se o patrimônio da fé religiosa representa o indiscutível fator de equilíbrio mental do mundo, que fazeis de vosso tesouro, esquecendo-lhe a utilização, numa época em que a instabilidade e a incerteza vos ameaçam todas as instituições de ordem e de trabalho, de entendimento e de construção? Não vos assombra, porventura, acordando-vos a consciência, a borrasca renovadora que refunde princípios e nações? Impossível uma Era de paz exterior, sem a preparação interior do homem no espírito de observância e aplicação das Leis Divinas. Por admitir semelhante contrassenso, a máquina, filha de vossa inteligência, anula as possibilidades de mais alta incursão no reino do Espírito Eterno. Ser cristão, outrora, simbolizava a escolha da experiência mais nobre, com o dever de exemplificar o padrão de conduta consagrado pelo Mestre Divino. Constituía ininterrupto combate ao mal com as armas do bem, manifestação ativa do amor contra o ódio, segurança de vitória da luz contra as sombras, triunfo inconteste da paz construtiva sobre a discórdia derruidora.  Por fim, qual a melhor orientação aos que desejam atravessar tais turbulências sem se perturbar?

Sejam instrumentos do bem, acima de expectantes da graça. A tarefa demanda coragem e suprema devoção a Deus. Sem que nos convertamos em luz, no círculo em que estivermos, em vão acometeremos a sombra, aos nossos próprios pés. E, no prosseguimento da ação que nos compete, não esqueçamos de que a evangelização das relações entre as Esferas visíveis e invisíveis é dever tão natural e tão inadiável da tarefa quanto a evangelização das pessoas. Não busquem o maravilhoso: a sede do milagre pode viciar e fazer perder-vos. Vinculem-se, pela oração e pelo trabalho construtivo, aos Planos Superiores e estes vos proporcionarão contato com os Armazéns Divinos, que suprem a cada um de nós segundo a justa necessidade. As ordenações que vos oprimem na paisagem terrena, por mais ásperas ou desagradáveis, representam a Vontade Suprema. Não galguemos obstáculos, nem tenteis contorná-los pela fuga deliberada: vencei-os, utilizando a vontade e a perseverança, ensejando crescimento aos vossos próprios valores. Cuidai em não transitar sem a devida prudência nos caminhos da carne, em que, muita vez, imitais a mariposa estouvada. Atendei as exigências de cada dia, rejubilando-vos por satisfazer as tarefas mínimas. Não intenteis o voo sem haver aprendido a marcha. Sobretudo, não indagueis de direitos prováveis que vos caberiam no banquete divino, antes de liquidar os compromissos humanos. Impossível é o título de anjos, sem ser, antes, criaturas ponderadas.


(Ouvinte anônima) - Eu gostaria de receber uma mensagem direta de um Espírito, que me dissesse como é o mundo do lado de lá, mesmo que fosse em sonho. Mas, até hoje, não recebi e isso me deixa muito frustrada, porque acho que isso seria muito importante para mim...


A maioria das pessoas, como você, estão ansiosas por alguma revelação espetacular. Muitas vivem até procurando médiuns, videntes e trabalhos espirituais para descobrirem algo mais concreto. Essas pessoas acham que a verdade – para ser verdade – tem de vir através de algum efeito mágico, de algum milagre, de alguma aparição inexplicável: mais ou menos como aconteceu com a figura de Moisés que, segundo a Bíblia, subiu ao Monte Sinai e recebeu os mandamentos diretamente de Deus. Todavia, a verdade não costuma se apresentar dessa forma.


Olhe para o passado e analise. Tudo que o homem conseguiu até hoje – em centenas de séculos - foi fruto de seu esforço, de seu trabalho e de seu sacrifício. Se os nossos ancestrais humanos, lá do tempo das cavernas, há cerca de 200 mil anos atrás, ficassem esperando por algum deus ou por algum Espírito para lhe trazer revelações e resolver seus problemas, até hoje, nós – humanidade – não teríamos saído da Idade da Pedra Lascada, não teríamos alcançado o progresso intelectual e material que já conseguimos. Se o homem descobriu o uso do fogo ou inventou o uso da roda, que estão entre os maiores feitos da pré-história, isso só aconteceu porque ele decidiu ir ao encontro de seus problemas e descobrir uma forma de resolvê-los.


O trabalho, segundo a Doutrina Espírita, é Lei da Natureza, é Lei Divina. Estamos na Terra para agir, atuar e crescer. Quanto mais obstáculos houver no caminho, mais esforço será exigido de cada um de nós e, em conseqüência, mais cresceremos em direção à nossa perfeição. Por que teríamos, então, de esperar que Deus, os santos ou os Espíritos viessem nos pegar pela mão para mostrar a verdade? A verdade é, ao mesmo tempo, uma necessidade, um desafio e uma conquista; uma conquista difícil e trabalhosa - de cada um nós, individualmente - e também uma conquista da humanidade, no plano coletivo.


No livro, A GÊNESE, Allan Kardec trata bem essa questão, mostrando que os Espíritos não fazem por nós aquilo que nós próprios temos de fazer. No caso: ir ao encontro da verdade. Além do mais, os Espíritos não são seres especiais, nem superiores ao homem: eles são os próprios homens desencarnados, aqueles que estiveram aqui e continuam, agora, no outro lado da vida. Eles podem até nos ajudar a encontrar um caminho, mas não vão fazer isso por nós. Além do mais, a descoberta é sempre do homem e ninguém pode afirmar que uma revelação é melhor só porque veio do desencarnado. Há Espíritos encarnados com cabedal maior do que os desencarnados.


Logo, se você quer saber mais sobre espiritualidade, sobre o Espírito, sobre reencarnação e lei de evolução, deve procurar a melhor fonte para isso, que são os livros. A literatura espírita é extensa. Desde sua constituição, o Espiritismo vem insistindo nisso, porque o que ele busca alcançar é o nosso progresso, é o nosso aperfeiçoamento intelectual e moral. Quando buscamos a verdade, por nós mesmos, encontramos um caminho seguro de crescimento espiritual e acabamos descobrindo em nós coisas que desconhecíamos. Logo, a maior verdade, que podemos descobrir no mundo, somos nós mesmos, porque nós somos Espíritos e Espíritos imortais.


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